Nesta semana, os agricultores franceses foram às ruas para protestar contra a proibição do uso de pesticidas neonicotinóides e regulações ambientais feitas pela União Europeia. Com centenas de tratores, eles paralisaram as ruas de Paris após a justiça europeia anular uma liberação que os produtores possuíam para aplicar o agroquímico em lavouras de beterraba, citando o alto risco do produto para as abelhas.
Durante o programa Hora H do Agro deste sábado, 11, o coordenador do laboratório de bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas, Daniel Vargas, lembrou que o pesticida já havia sido banido antes, mas devido à quebra expressiva da safra de beterraba, houve uma liberação provisória que terminou em 2023. O especialista criticou ainda a decisão judicial da União Europeia que, segundo ele, define quem será considerado “verde” e quem não será.
Para o agronegócio brasileiro, a decisão europeia é relevante. Vargas destaca que esta poderia se tornar a primeira etapa de uma regra comercial internacional, onde provavelmente o bloco exigiria o banimento do pesticida de países que exportam para lá. Ele também revela que o risco de o governo do Brasil adotar medidas parecidas é alto. Confira a entrevista completa!
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